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Mediadores inflamatórios e desordens estéticas

  • Meeting Brasileiro de Nutrição Estética
  • 12 de mar. de 2015
  • 2 min de leitura

A inflamação era vista apenas como um sistema de defesa do organismo, resposta local aguda a infecções, cirurgias e traumas. Mas atualmente, o processo inflamatório crônico, mediado pelo sistema imune inato, está sendo bem estudado e já se constatou sua correlação com o desenvolvimento de doenças crônicas não transmissíveis, como obesidade, diabetes e doenças cardiovasculares.

Essa inflamação crônica é promovida por meio da atividade de citocinas e polipeptídeos produzidos por algumas células, como monócitos e macrófagos, produção estimulada pelo estilo de vida, exposição a toxinas (fumo), dieta inadequada, estresse, entre outros. A dieta ocidental atual é reconhecidamente um fator que contribui fortemente para essa inflamação, e um dos principais fatores, é o desequilíbrio entre o consumo de ácidos graxos ômega-3 e ômega-6.

Quem faz o controle da inflamação no organismo são hormônios, que podem ativar ou inibi-lo. Esses hormônios são prostaglandinas e leucotrienos, sintetizados a partir do ômega-3 e 6 provenientes da dieta. As prostaglandinas e leucotrienos produzidos pelo ômega-3 são respectivamente das séries 3 e 5, que atuam no processo anti-inflamatório, diferente dos que são produzidos pelo ômega-6 das séries 2 e 4, que participam de maneira efetiva na inflamação.

Desordens estéticas podem ser desencadeadas ou agravadas pela liberação de mediadores inflamatórios. A obesidade, por exemplo, é caracterizada por um processo inflamatório crônico e brando no tecido adiposo, tecido este que é um órgão secretor de produtos e mediadores inflamatórios. Processo que induz resistência à insulina, que por sua vez, o déficit de sua ação em tecidos como o fígado, adiposo e músculo leva ao aumento da reação inflamatória crônica, formando um ciclo vicioso sem fim.

No processo de inflamação crônica também são liberados proteases citotóxicas e radicais livres de oxigênio, responsáveis por danos significativos em diversos órgãos, como a pele. Juntamente com a ação da protease de fracionar a elastina e o colágeno da pele, podem provocar e aumentar o envelhecimento cutâneo.

Posto tudo isso, fica evidente a importância da recomendação de uma dieta composta por alimentos com características anti-inflamatórias, como ácidos graxos poli-insaturados, peixes, ervas, fitoterápicos e outros alimentos (vegetais de folhas verdes, abacaxi, aveia, arroz integral e etc).

Referências:

PASCHOAL, Valéria; NAVES, Andréia; FONSECA, Ana Beatriz B. L. da. Nutrição Clínica Funcional dos Princípio à Prática Clínica. São Paulo: Vp Editora, 2008

PUJOL, Ana Paula. Nutrição Aplica à Estética. Rio de Janeiro: Rubio, 2011.

 
 
 

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