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Suplementação de óleos, gorduras e ácidos graxos para estética

  • Doutora Aline Schneider
  • 16 de abr. de 2015
  • 3 min de leitura

A Doutora Aline Schneider, introdutora da nutrição estética no Brasil, e autora do primeiro livro sobre o tema no país, deu uma prévia de sua palestra no Meeting de Nutrição Estética para o Portal. Aline irá discutir a suplementação de óleos, gorduras e ácidos graxos para estética, seus principais benefícios e aplicações.

1. Existe relação entre o grau de hidrólise dos lipídeos consumidos e o estoque de gordura corporal?

Com certeza, sabe-se que aumentado o consumo de lipídeos, esses que por sua vez, transformam-se em triglicerídeos, gerando estoque de gordura corporal. Entretanto, o grau de hidrólise dos lipídeos é variável conforme sua origem, existindo uma maior facilidade de hidrólise de lipídeos provenientes de óleos em comparação da hidrólise de gordura animal.

2. Quais são os óleos mais usados como suplementação para a estética? E quais as suas funções?

Os óleos são comumente utilizados no plano alimentar em estética uma vez a ação anti-inflamatória da maioria destes citados a seguir.

  • Óleo de peixe: ação anti-inflamatória, por isso, pode ser indicado para tratamentos de celulite, acne, psoríase e afecções de pele. Ainda recomenda-se para nutrição capilar, indicado especialmente para alopecia. Importante que seja de boa procedência.

  • Óleo de prímula e borage: O uso do óleo de prímula/borage é interessante pelo fato de o ácido gama linolênico (GLA) presente nesses óleos é convertido pelo corpo para uma substância chamada prostaglanfina E1(PGE1), que possui propriedades anti-inflamatórias e vasodilatadoras. Além disso, o GLA está envolvido diretamente na síntese de ceramidas na pele. As ceramidas são responsáveis por manter a pele hidratada e protegida, pois aumentam a função de barreira, evitam a perda de água transepidérmica e a translocação de antígenos, diminuindo a incidência de reações alérgicas tópicas.

  • Óleo de semente de uva:ação antioxidante proveniente da vitamina E e dos polifenóis ajuda no combate aos radicais livres que danificam as nossas células. Por isso, recomenda-se para melhora do aspecto da pele, varizes e estrias.

  • Azeite de oliva: por conter Omegas induz a redução da inflamação e acelera cicatrização da pele.

3. Sobre o Ômega-3, sua suplementação pode ajudar no tratamento da celulite?

O Omega3, está intimamente envolvido no processo anti-inflamatório e de resistência vascular, por isso ao considerar que a celulite envolve processos de edema, alteração vascular e aumento de tecido adiposo local, este é indicado no tratamento combinado de celulite.

4. A suplementação de lipídeos pode favorecer o ganho de peso por conta do alto teor calórico que possui por porção?

Logicamente que todo excesso de suplementação é contra-indicado, e pelo fato de ser fonte energética e fornecer 9 kcal por grama, este não deve ser abusivo. Entretanto, quando suplementado de forma coerente e por um profissional especializado os benefícios são inúmeros, conforme demonstrado acima.

5. Qual a relação entre o ácido linoleico conjugado, a perda de peso e a redução de gordura corporal?

Revisão científica acerca do acido linoleico conjugado (CLA) observou as possibilidades de mecanismos de ação do CLA, com um aumento na atividade da lipase hormônio-sensível, e consequentemente da lipólise em adipócitos, acompanhado por uma maior oxidação de AG tanto no músculo esquelético quanto no tecido adiposo. Os efeitos do CLA in vitro, de aumentar a lipólise e reduzir a atividade da LPL, foram posteriormente confirmados também em camundongos, estando em concordância com aumento no gasto energético e oxidação de lipídios em animais. Essa ainda é a teoria predominante quanto aos possíveis mecanismos de ação do CLA sobre a composição corporal. É importante ressaltar ainda que alguns efeitos indesejáveis relacionados ao uso do CLA foram encontrados tanto em estudos com humanos quanto em animais, como aumento da resistência à insulina, aumento da glicose e insulina de jejum, elevação da peroxidação lipídica, redução da HDL-colesterol em indivíduos com síndrome metabólica (dislipidemia, hipertensão). Muitas dúvidas ainda permanecem com relação aos reais efeitos do CLA na modificação da composição corporal em humanos. Assim, faz-se necessário o desenvolvimento de mais pesquisas que, entre outras coisas, avaliem separadamente os efeitos dos dois principais isômeros do CLA em humanos.

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