Proteína vegetal na prática clínica
- almofariz
- 12 de fev. de 2016
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As proteínas vegetais são isentas de gorduras saturadas, que, se consumidas em excesso, podem se acumular nas artérias, promover o aumento do colesterol total e do LDL. Algumas proteínas vegetais são ótimas fontes de gorduras insaturadas e de ômega-3, 6 e 9, que auxiliam na redução do colesterol LDL, no aumento do colesterol HDL e na prevenção de doenças cardiovasculares. Cada vez mais estudos científicos evidenciam a importância de uma alimentação equilibrada, ou seja, contando com a presença de frutas, verduras, legumes e fibras. As proteínas vegetais são fonte de fibras, portanto, auxiliam na regulação do trânsito intestinal e aumentam a saciedade.
Os fitoesteróis encontrados nos vegetais executam funções análogas às do colesterol dos animais, portanto, os vegetais têm a propriedade de diminuir o colesterol total e a porção LDL-colesterol provenientes da alimentação por meio da ação de competição em nível intestinal.
A suplementação de proteínas na prática clínica se faz essencial para aqueles que não conseguem repor as proteínas pela dieta, seja por uma maior demanda ou por algum problema no processo de digestão. Os suplementos proteicos mais comuns são os de origem animal, como o whey protein e a caseína, que são proteínas provenientes do leite de vaca. O leite de vaca apresenta um grau alergênico relativamente alto se comparado aos chamados “leites vegetais” extraídos de alimentos como aveia, arroz, castanha e amêndoas.
Um estudo demonstrou que crianças que possuíam IGEs contra epítopos e proteínas estáveis do leite de vaca eram mais propensas a não superar as reações clínicas com o passar do tempo do que aquelas que tinham suas IGEs direcionadas para epítopos de confirmação instável. Já no caso das proteínas vegetais, esse processo alergênico não ocorre. Dessa forma, o uso de proteínas de origem vegetal pode ser uma alternativa interessante para a garantia do aporte ideal de proteínas de indivíduos que necessitam complementar a dieta.
Referências:
KARKOW, F.J. Tratado de metabolismo humano. Rio de Janeiro: Rubio, 2010. MAGALHÃES M.E. C et al. Prevenção da hipertensão arterial: para quem e quando começar?. Revista Brasileira de Hipertensão, v.17, p 93-97, 2010. PASCOAL, V.; NAVES,A.; FONSECA, A.B.L. Nutrição clinica funcional: dos princípios à prática clínica. São Paulo: VP, 2008. RIQUE, A. B. R.; SOARES, E. A.; MEIRELLES, C.M. Nutrição e exercício na prevenção e controle das doenças cardiovasculares. Rev Brasileira de Medicina do Esporte, v. 8, n. 6 , 2002.
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