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Silício: o encanto da estética

  • almofariz
  • 16 de fev. de 2016
  • 2 min de leitura

O silício é um mineral essencial existente na Terra, constituinte de complexos de proteína e glicosaminoglicanos, encontra-se no organismo, em maior concentração, na pele, nas cartilagens, no tecido conectivo e nos pulmões. Esse mineral possui uma ampla gama de aplicações desde a Antiguidade. Em quantidades ponderais, o silício promove a biossíntese de elastina e colágeno do tipo I, responsáveis pela manutenção da saúde da pele, dos cabelos e das unhas, logo, a deficiência nutricional de silício está relacionada com a diminuição do colágeno endógeno.

O colágeno encontrado em tecidos conectivos e ossos é do tipo I, já o do tipo III é comumente encontrado em vasos sanguíneos. Uma derme saudável contém aproximadamente 80% de colágeno do tipo I e 20% do colágeno do tipo III. A carência de colágeno pode resultar em pele flácida, cabelo sem força e unhas fracas e quebradiças, portanto, o consumo adequado de alimentos que estimulem e participem da síntese de colágeno, como o silício, faz-se essencial no plano alimentar. O silício encontra-se em quantidade considerável nos alimentos como aveia, painço, cevada, trigo, milho, centeio e arroz, na batata, beterraba e aspargo, isso porque são ricos em fibras, nas quais concentram a maior parte de silício nos cereais e vegetais.

Diversas publicações mostram que a diminuição das concentrações de silício está vinculada ao envelhecimento dos tecidos. Na pele, o silício desempenha um papel estrutural importante por meio da ligação dos glicosaminoglicanos. Associado à vitamina C, estimula a síntese de ácido hialurônico e proteoglicanas, aumentando a afinidade da água pelas glicosaminoglicanas e reduzindo o processo de destruição da matriz dérmica produzido pelas metaloproteinases (colagenases, elastases e hialuronidases). Com o envelhecimento, a quantidade de água na derme tende a diminuir e a presença de silício, em quantidades ideais, permite a ligação dessa água às estruturas dérmicas novamente. Além disso, o silício desempenha um papel ativo na neutralização de radicais livres, assim, colaborando para a estética e saúde da pele.

Um estudo duplo-cego, randomizado, feito com o intuito de avaliar o efeito da suplementação oral com silício orgânico sobre a pele, as unhas e os cabelos, utilizou uma dose diária de 10mg por 20 semanas e demonstrou que, após tal suplementação, houve um aumento de 90% na concentração sérica de silício, assim, elevando sua biodisponibilidade. Portanto, o aumento do consumo de alimentos ricos em silício favorece o rejuvenescimento da derme e o fortalecimento da estrutura dos cabelos e das unhas.

Referências: BAREL, A. et al. Effect of oral intake of choline-stabilized orthosilicic acid on skin, nails and hair in women with photodamaged skin. Arch Dermatol Res, v.297, n.4, p.147-153, 2005. KARKOW, F.J. et. al. Tratado de metabolismo humano. Rio de Janeiro: Rubio, 2010. PASCHOAL V., MARQUES, N., BRIMBERG, P., DINIZ, S. Suplementação funcional magistral. São Paulo: VP editora, 2009. SCHLEIER, R. et al. Silício e cálcio – uma abordagem antroposófica. Arte Méd Ampl, v.34, n.3, p.102-113, 2014.

 
 
 

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